Para o paciente | ABRACRO

Para alguns, talvez a chance de sua vida. Para outros, altruísmo. Seja qual for a razão, milhares de pessoas se inscrevem em pesquisas clínicas para testarem medicamentos e novos tipos de tratamento.

Há muitas doenças que precisam ser melhor estudadas para serem tratadas com mais conforto e qualidade de vida. A possibilidade de ter mais longevidade e bem-estar já é suficiente para ingressar em uma pesquisa.

Se uma pessoa tiver interesse em participar de um estudo, ela pode conversar com o seu médico que encaminhará para um centro de pesquisa ou investigador principal do hospital. Há ainda a opção de o paciente consultar os estudos que estão em andamento e com início em breve nos sites clinicaltrials.gov e saude.gov.br/plataformabrasil.

Antes de tudo, o paciente precisa se submeter a uma série de exames pré-clínicos e cumprir todos os requisitos do estudo. É necessário ter uma população com características muito similares para medir a eficiência do tratamento e eliminar os fatores de confusão. Isso inclui até aspectos físicos.

Se aprovado, o paciente assina o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e ingressa no estudo. A identidade do paciente é protegida e não é revelada em nenhuma divulgação.

O paciente que participa de um estudo deve ter a consciência de que está sob efeito de uma substância que pode ocasionar diversos efeitos. Por isso, os médicos insistem para que na ocorrência de qualquer sintoma ele entre em contato imediatamente.

Os médicos ficam disponíveis 24 horas por dia para atuar instantaneamente quando há algo grave. Os centros de pesquisa também são treinados para orientar os pacientes e, nestes casos, comunicam imediatamente ao patrocinador do estudo.

Depende de cada estudo. A frequência pode ser semanal, mensal, bimestral e mudar ao longo da pesquisa.

Os centros de pesquisa são autorizados a custear todas as despesas com deslocamento e alimentação que o paciente tenha. Para participar da pesquisa, o paciente não tem custos com exames e consultas. Pela legislação brasileira, também não pode ser remunerado por participar da pesquisa.

O tempo de participação depende de cada estudo. Nos casos de doenças crônicas, geralmente os estudos são mais longos – em média de quatro a cinco anos. Já nas pesquisas com substâncias para tratar doenças agudas o período é menor, principalmente quando há dor, pela urgência no seu tratamento.